A mulher nunca teve tanto e ao mesmo tempo, tão pouco! O lugar na cozinha que nos pertencia, agora está subdividido. Não pertence à determinado grupo A ou B, mas é simplesmente um local, e eu “não sou obrigada” a me adequar a ele.
Em determinado momento da história, os lugares se inverteram e há quem possa dizer que tudo isso foi preciso; mas, foi mesmo?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconhece o “burnout” como uma doença – ocupacional -, e há cada vez mais e mais casos desse stress profundo de uma busca incessante por fazer mais, por conseguir mais, por ser melhor que, por posições e cargos mais elevados.
Em casos mais graves, o burnout leva à aposentadoria por invalidez. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ! Uma pessoa trabalha tanto, quer mostrar tanto, quer crescer e desenvolver tanto uma área de atuação e conhecimento que no fim dessa escalada de garra e total comprometimento, tal pessoa é declarada inválida. Ela simplesmente não vale mais para a sociedade. Essa pessoa perdeu o seu uso para o mundo, e seu intelecto entrou em pane.
Não sei com quem nós estamos sempre tentando competir. O lugar da cozinha já não é interessante há muito tempo! Na verdade, a cozinha, o fogão, a pia e o tanque, é uma total humilhação para a mulher do século XXI totalmente brilhante! E quem é que disse que realmente não somos brilhantes? Nós somos intelectualmente brilhantes! Podemos ganhar um prêmio Nobel, como Marie Curie que realizou esse feito por duas vezes – física e química! Deus não nos fez inferiores aos homens, mas nos fez intelectualmente iguais.
Contudo, essa guerra de posições e corridas contra o tempo pelo vento (quiçá!), não nos permite voltarmos para a Palavra de Deus. O fato é que nos perdemos e não conseguimos nos encontrar novamente. Passamos uma vida inteira ganhando mais e mais espaço, reconhecimento, troféus, dinheiro e poder, e abandonamos o que realmente importa: VIDAS!
Sim, vidas. Seus filhos, seu marido, seus pais, seus irmãos, sua comunidade, seus vizinhos… VOCÊ!
Quando Deus se refere à mulher como AJUDADORA IDÔNEA, existe uma palavra transliterada do hebraico chamada: “ezèr kenegdo”. Essa mesma palavra, é usada para descrever o próprio DEUS! E, obviamente, não vemos Deus como nosso subordinado.
No livro dos Salmos 46:1, por exemplo, vemos Deus como nosso “ezèr”, ou seja, aquele que nos tira de uma situação da qual não podemos sair sozinhos. E, caso você não tenha entendido ainda seu papel, a finalidade pela qual eu e você fomos criadas, foi para lidar com PESSOAS. E se eu posso lhe dizer, essa é realmente uma função poderosa e fantástica! (E seu marido não pode desempenhar essa função por você; na verdade, ele precisa que você seja o “ezèr kenegdo” dele também).
Muitas de nós nascemos com dons e talentos para áreas específicas de atuação. Outras, precisam viver nesse mundo matando um leão por dia, porta afora de suas casas. Mas nada disso pode ser capaz de nos impedir de educar nossos filhos, de preparar um almoço que mostre nosso amor, de nos impor dentro da nossa casa nos lugares que nos é ofertado com tanto zelo pelo Criador, de cuidar de gente.
Deus não nos fez como parte independente de um plano superior. Deus não nos fez para que disputemos posições. Nós temos, sim, lugares de pertencimento. Lugares realmente importantes. Educar um filho para um futuro, é criar toda uma nova geração de pessoas. Essas pessoas podem ser fracas, imorais, desonestas e amantes do mundo, ou podem ser fortes, moralmente corretas, e que amem ao Senhor em primeiro lugar.
Nossa guerra, conclusivamente, não é com Deus, com a sociedade, com a subjugação de toda uma geração de “machos alfa opressores”, mas a nossa guerra é com a nossa posição que gentilmente nos foi dada. Uma posição que mais ninguém pode ocupar, mas que nós mesmas debelamos e odiamos por nos sentirmos humilhadas e rebaixadas. E como é que pode a ajudadora idônea, a consoladora e auxiliadora, a educadora, a indispensável, a criadora de toda uma geração se sentir humilhada, rebaixada e inferior?
Você é indispensável. Você é amada por Deus. Seu trabalho é importante demais.