O comportamento de compulsão alimentar (COA), se refere a uma forma de superalimentação, caracterizado pelo consumo de grandes quantidades de comida em períodos curtos de tempo e perda de controle sobre o que se come.
O COA pode ser um comportamento isolado ou um sintoma de transtornos alimentares como transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) e a bulimia nervosa.
TCAP 🡪 Episódios de compulsão alimentar deve ocorrer pelo menos dois dias por semana nos últimos seis meses e estar presente um sensação de falta de controle na ingestão do alimento e angústia.
Bulimia nervosa 🡪 Comportamentos compensatórios inadequados, como vômito auto-induzido, jejuns, uso de laxantes e exercícios excessivos.
Para o diagnóstico é necessário estar presente pelo menos 3 desses fatores:
- Comer mais rápido do que o normal
- Comer até sentir-se incomodamente cheio
- Comer grandes quantidades de comida sem estar com fome
- Comer sozinho por se sentir envergonhado de alimentos que consome
- Sentir repulsa por si mesmo
- Depressão
- Culpa após comer excessivamente
Os fatores associados ao desenvolvimento de compulsão alimentar, encontra-se relacionados ao: Gênero feminino; Faixa etária (adolescentes, jovens e mulheres jovens); Peso corporal (estar acima do peso ideal, sobrepeso ou obesidade, ou não possuir o corpo idealizado); Inatividade física E uso de bebida alcoólica
Os transtornos alimentares estão associados ao:
- Abuso de álcool
- Carência de vínculos afetivos
- Comorbidades como a ansiedade e a depressão
- Predisposição genética ao uso de substância psicoativas
- Insatisfação com a imagem corporal
- Dificuldade de controle do peso corporal
A compulsão alimentar é um quadro complexo com características emocionais e comportamentais de repetição e mais frequente em pessoas com excesso de peso. Se você apresenta sintomas recorrentes, é de suma importância procurar a ajuda de profissionais da saúde (psicólogos, nutricionistas, endócrinos, psiquiatras) para um diagnóstico e tratamento adequado.
O tratamento deve ter 6 passos para uma mudança lenta e gradual, porém eficaz:
1. Alimentação saudável;
2. Hábito de exercício físico regular;
3. Sair da atitude passiva;
4. Definir seus objetivos e priorizá-los;
5. Assumir postura de comprometimento e responsabilidade consigo mesmo e com seu tratamento;
6. Mudança no estilo de vida.
REFERÊNCIAS
APPOLINARIO, J. C.; CLAUDINO, A. M. Transtornos alimentares. Revista Brasileira de Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p. 28-31, 2000. Disponível em: . Acesso em: 09 jul. 2017.
CARVALHO, R. S.; AMARAL, A. C. S.; FERREIRA, M. E. C. Transtornos alimentares e imagem corporal na adolescência: uma análise da produção científica em psicologia. Psicologia: Teoria e Prática, São Paulo, v.11, n. 3, p. 200-223, 2009. Disponível em: . Acesso em: 18 mai. 2017.