Há pouco mais de 30 anos, uma professora dos Estados Unidos, chamada Pamela Smart, envolveu-se com seu aluno de apenas 16 anos, enquanto estava casada há menos de um ano. Seu marido também já havia sido infiel e isso era motivo de brigas constantes entre o casal durante o tempo em que estavam juntos. Com apenas três meses de relacionamento da Pamela com seu aluno, ela decidiu terminar, alegando que jamais daria certo o caso entre eles. Seu aluno e amante, chamado Billy Flynn, por pensar que a culpa da separação entre eles pudesse ser do marido de Pamela, bolou um plano para acabar com a vida dele (ou era o que todos pensavam, até então). Em um dia, perto do aniversário de casamento de um ano do casal, o marido da Pamela chegou do trabalho em casa, chamou pelo cachorro e o cachorro não apareceu, o que era estranho. Pamela não estava em casa no momento. Billy Flynn acompanhado de três amigos da mesma classe, apareceram já dentro da casa de Pamela, pediram a carteira do marido dela e a aliança de casamento dele. Ele deu a carteira, mas negou-se a dar a aliança. Billy, então, após um rápido pedido a Deus de que o ajudasse, puxou o gatilho e matou, na mesma hora, Greggory Smart, marido de Pamela.
Quando ela chegou em casa, deparou-se com o marido morto logo na entrada; e o seu cachorro preso no porão. Logo chamou a polícia, que começou uma investigação. Na investigação do crime, foi usada uma adolescente da mesma sala dos meninos com uma escuta para gravar conversas com a Pamela e tentar achar uma ligação entre ela e o assassinato. Em várias conversas, Pamela confessou que o plano para matar o marido tinha surgido dela mesma, que, inclusive, teria pedido para Billy prender o cachorro no porão para não o traumatizar, e também para que cometesse o assassinato na porta de casa, para não a sujar. Depois dessa reviravolta inimaginável, Pamela, Billy Flynn e os outros três garotos foram declarados culpados por crime de assassinato e sentenciados a penas gigantescas. Pamela, que nunca confessou o crime para as autoridades e que se diz inocente até hoje, está presa desde os seus 22 anos, sentenciada à pena perpétua sem chance de condicional. Billy Flynn e seu melhor amigo também pegaram pena perpétua, porém, por terem se mostrados arrependidos e por terem confessado o crime, conseguiram condicional após 40 anos, tendo sido liberados recentemente. Os outros dois meninos pegaram penas menores e também já estão livres.
Fiquei pensando nesse caso e me peguei relacionando-o com a nossa própria vida. Em um momento de “loucura” da Pamela, de paixão avassaladora a um menino de 16 anos, de pura vaidade e luxúria de duas pessoas, algo trágico aconteceu que mudou a vida deles para sempre. Claro que esse caso é insano (para dizer o mínimo), mas tudo o que fazemos nesta vida geram consequências. E as penas para nossas consequências variam em anos e em sofrimento. A Bíblia nos diz que tudo o que formos fazer deve ser feito para a glória de Deus (I Coríntios 10:31). E eu acho espetacular que tudo, absolutamente TUDO o que Deus nos pede para fazermos é para o NOSSO PRÓPRIO BEM! Sim, tem uma cerca ao redor de nós. Uma cerca do Evangelho, da Palavra de Deus, dos bons costumes e valores, do testemunho que devemos ter. Contudo, engana-se quem pensa que do outro lado dessa cerca existe a liberdade. Na verdade, do outro lado dessa cerca existe um precipício. Se você pular, você pode morrer.
Eu sempre costumo alertar os meus filhos que todas as nossas ações geram consequências. E que todas as nossas decisões podem perdurar por muitos e muitos anos. Por exemplo, um filme de terror ou um filme pornográfico que você colocar diante dos seus olhos, gerarão cenas que vão morar na sua mente por muito, muito tempo. Pode ser que, por conta de um filme de terror, você durma de luz acesa por um mês. Pode ser que, por causa de um filme pornográfico, você corrompa sua mente para sempre e torne-se escravo dela. E, ao invés de viver a sua vida plenamente e com abundância, que foi o que Jesus nos prometeu, você viverá dentro de uma prisão fria, úmida, sem cor, sem conforto, sem alegria. Jesus veio para nos libertar, nos livrar e nos ensinar a viver uma vida que realmente valha a pena. Você nasceu para ser livre! Não pule a cerca.
Rebeca Balaniuc
