Gestação – Autocuidado e preparação para o nascimento

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Uma gestação traz consigo sentimentos contraditórios e extremos que vão do pânico à felicidade extrema, vão da maior autoestima já sentida à uma dificuldade de encarar o próprio corpo nunca antes imaginada. A forma como vamos encarar a gestação vai depender de coisas que muita gente não imagina:

– A gestação da nossa mãe: Ela planejou, desejou, estava amparada? A experiencia dela foi de sacrifício ou alegria;

– O parto da nossa mãe foi tranquilo, fácil, teve medo, estava sozinha, teve complicações, foi traumático; 

– Temos irmãos mais novos? A experiência de ter um irmãozinho(a) foi prazerosa, foi de sobrecarga na infância, foi negativa, foi positiva; 

– Nossa infância foi feliz, prazerosa, livre, protegida, foi de medo, agressões físicas ou verbais, abusos, insegurança; 

– Essa gestação foi desejada pelo casal, planejada por ambos, foi aceita por ambos;

– A mulher, está amparada, tem apoio, recursos financeiros, segurança, tem rede de apoio.

Nem sempre vivemos o melhor dos mundos, olhar pra realidade, encarar nossas dores e sombras, mantermo-nos conscientes dos nossos sentimentos (mesmo os mais impuros), nos fazem lidar melhor com a vida real, sem somatizar, adoecer, com o foco na solução prática dos problemas reais e atuais, separando as dores da própria infância do momento atual. Muitas vezes para isso precisamos de ajuda de profissionais qualificados. 

Além disso, são necessários cuidados com a alimentação saudável. Fazem parte do pré-natal de rotina os suplementos vitamínicos, acompanhamento do desenvolvimento fetal. Também, é importante o cuidado com o corpo, através de exercícios físicos, pilates, drenagem linfática, fisioterapia pélvica, todos estes são conhecidos e bastante difundidos. Ademais, é preciso estar atento aos cuidados emocionais. Nisto se inclui a preparação para os desafios da maternagem, conhecer as demandas reais e imprescindíveis de um recém-nascido. O acesso a essas informações ainda é um privilégio de poucos e estudiosos pais e mães. 

É nesse conteúdo, que você não acessa facilmente, que vamos focar neste artigo. Assim, vamos dar uma olhada nos cuidados básicos: 

– Manter o pré-natal em dia; 

– Alimentação equilibrada, variada, sem industrializados, sem refinados (como óleos, farinhas, açúcares); 

– Atividade física regular, como caminhadas e alongamentos gerais, e se possível yoga, pilates, hidroginástica, musculação (deste é necessário diminuir o ritmo no primeiro trimestre e aumentar gradativamente após o início do segundo). 

Esses cuidados deverão ser mantidos ao longo da gestação, sendo que alguns cuidados específicos são mais necessários em cada Trimestre. Como:

Primeiro Trimestre 

– Dormir mais; 

– Pensar menos; 

– Cultivar bons pensamentos e bons hábitos; 

– Foco em facilitar que a gestação se consolide, ser um bom útero; 

– Contato com a natureza.

Segundo Trimestre 

– Retomar ou aumentar atividades físicas; 

– Manter bons pensamentos; 

– Estudar sobre parto, puerpério e amamentação; 

– Planejar o parto (Hospital, médicos, equipes, plantões). Para isso, você pode consultar as doulas da região sobre índices de violência obstétrica, médicos e hospitais para alcançar o tipo de parto desejado;

– Iniciar o fortalecimento perineal (fisioterapia pélvica); 

– Contato com a natureza; 

– Contratar uma doula. 

Terceiro Trimestre 

– Manter atividade física; 

– Reduzir ao máximo o consumo de açúcares; 

– Iniciar o alongamento perineal (fisioterapia pélvica);

– Preparar para o parto (estudar posturas e massagens, conhecer rotinas, escrever plano de parto, estudar o puerpério); 

– Contato com a natureza;

– Comprar o enxoval. 

Cuidar de si na gestação está muito além do que se pode comprar ou ter. Antes disso é se olhar, se amar, se proteger inclusive de notícias violentas e tristes, poupar o próprio corpo do estresse diário e para isso, geralmente, vamos precisar de uma rede de apoio forte. Converse com seus familiares, compartilhe o que tem aprendido, peça ajuda e pense nisso como o melhor investimento para o seu futuro e de sua família. 

Sobre o que comprar para o bebê também vale uma boa reflexão e senso crítico, acompanhem nossas publicações que no próximo artigo vamos falar sobre o que é realmente necessário ter para receber um bebê. 

Abraço carinhoso!

Francielle Silvano

Francielle Silvano

Mestre em Gestão de Políticas Públicas Fisioterapeuta com Formação em Uroginecologia e Sexualidade Terapeuta Corporal Reichiana Doula

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