As gorduras trans representam cerca de 1 a 2% da energia dentro da dieta norte-americana. Elas são produzidas industrialmente, através da hidrogenação parcial de óleos vegetais e podem estar presentes, naturalmente, em alguns alimentos provenientes de animais ruminantes, como em carnes, leites e derivados.
Alguns estudos demonstram que a gordura trans que é produzida industrialmente pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Dessa forma, as diretrizes dietéticas recomendam que a gordura trans deve estar a no máximo 1% do total de energia, ou o mais baixo possível, principalmente para reduzir o risco de doenças coronarianas e acidentes vasculares cerebral.
Também, é possível encontrar forte associação entre gordura trans e doenças cardiovasculares. Em contrapartida, não há nenhuma associação entre gorduras saturadas e as causas de mortalidade, sendo que quando ela é substituída por carboidratos refinados há um aumento de lipoproteína de baixa densidade, ou seja, do “colesterol ruim”. A substituição de gordura saturada por poliinsaturada pode reduzir o risco de doenças coronarianas.
É importante salientar também, que o consumo de gordura trans está associado ao aumento da mortalidade por qualquer causa, representando o aumento de 28% no risco de desenvolver doenças cardiovasculares e de 21% do risco de desenvolver uma doença coronariana.
Como esses efeitos de doenças cardiovasculares são medidos? Através de lipídeos que são encontrados no sangue e também em processos inflamatórios! A descoberta é que um aumento de 2% no valor calórico total, através de gorduras trans, está associado a um aumento de 25% no risco de doença coronariana e 31% no risco de mortalidade.
Por isso, é importante que você leia os rótulos dos produtos que você consome frequentemente e se informe sobre os seus índices de gordura trans, levando uma alimentação que melhore a sua qualidade de vida e diminua esses percentis de desenvolvimento de doenças!
Fontes: Intake of saturated and trans unsaturated fatty acids and risk of all cause mortality, cardiovascular disease, and type 2 diabetes: sistematic review and meta – analysis of observational studies. (bmj, 2015).