Qual mulher já não se desesperou ou lembrou que não faz o exame da mama há muito tempo após saber que alguma amiga ou parente está com o temível diagnóstico de Câncer de Mama?
O câncer de mama é uma das formas mais comuns de câncer entre as mulheres, mas também pode afetar os homens em casos mais raros.
O câncer de mama é caracterizado pela proliferação descontrolada de células malignas no tecido mamário, geralmente iniciada a partir de células epiteliais dos ductos ou dos lóbulos mamários. Este processo de transformação celular pode ser influenciado por uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais.
Dentre os fatores de risco mais importantes estão o histórico familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau, idade avançada, exposição a certos hormônios, uso de contraceptivos hormonais, obesidade, sedentarismo, consumo de álcool, idade na primeira menstruação e idade da primeira gravidez.
Sempre alerto as mulheres a realizarem o autoexame das mamas mensalmente após o período menstrual, aquelas que não menstruam uma vez por mês, observando o aparecimento de nódulo na mama, alterações no tamanho ou formato da mama, dor na mama ou mamilo, secreção mamilar, alteração do mamilo, vermelhidão ou feridas persistentes.
Ao notar qualquer alteração na mama deve-se procurar um ginecologista ou mastologista que pode examinar e pedir os exames necessários para um diagnóstico precoce que faz da diferença no prognóstico da doença. No diagnóstico contamos com os exames de imagem (mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética) e a biópsia usada para a confirmação histológica através da análise de tecido é essencial para determinar o tipo de câncer. Um outro recurso para as mulheres que tem risco aumentado para o câncer de mama são os marcadores genéticos.
Os marcadores genéticos são usados para diagnóstico, prognóstico e seleção de tratamento:
- Diagnóstico: A análise genética pode ser usada para identificar mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 em indivíduos com histórico familiar significativo de câncer de mama. Isso pode orientar decisões sobre medidas preventivas, como vigilância intensiva ou até mesmo cirurgia preventiva.
- Prognóstico: A presença de certos marcadores genéticos, como HER2 e Ki-67, pode ajudar a prever o comportamento do tumor e a resposta ao tratamento.
- Seleção de Tratamento: O status dos receptores hormonais (ER, PR) e do HER2 é fundamental para determinar quais terapias são mais eficazes para o câncer de mama. Por exemplo, terapias direcionadas como inibidores do HER2 são eficazes em tumores HER2-positivos.
O tratamento cirúrgico com a Mastectomia (remoção da mama) ou quadrantectomia (remoção de um quadrante da mama que está localizado o tumor) são comuns, seguidas de reconstrução mamária em alguns casos. Após a cirurgia e resultado do exame anátomo patológico é estabelecido o seguimento com Radioterapia (usada após a cirurgia para reduzir o risco de recorrência) ou Quimioterapia e Terapia Hormonal (tratamentos sistêmicos que visam células cancerosas em todo o corpo, reduzindo a carga tumoral e prevenindo a disseminação).
O prognóstico varia amplamente com o estágio do câncer no momento do diagnóstico e a resposta ao tratamento, por isso o diagnóstico precoce faz toda diferença.
Fica o ALERTA para a rotina do autoexame das mamas, adoção de um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, limitação do consumo de álcool e não fumar.