Quem vê cara, não vê coração

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Foi-se o tempo em que uma pessoa tatuada era vista como um marginal, um bandido ou uma pessoa revoltada. Foi-se o tempo em que só usavam drogas adolescentes rebeldes e jovens sem direção na vida. Foi-se o tempo em que uma pessoa de terno e gravata demonstrava respeito. Foi-se o tempo em que uma moça elegante era sinônimo de acatamento e seriedade. Inclusive, foi-se o tempo em que uma moça era mesmo uma moça, e um rapaz era verdadeiramente um rapaz. Nada hoje faz muito sentido. As pessoas mudam de sexo e se transformam, outras têm vidas duplas e triplas. Hoje, o tatuado nada mais é do que uma pessoa comum, e a maconha pode até mesmo ser medicinal. (Veja, eu não estou fazendo juízo de valor, só quero fazer apontamentos para chegar em uma conclusão sobre o tema que escolhi).

Há muito tempo, Deus sabedor e conhecedor de todas as coisas, disse a Samuel, quando este foi escolher o próximo rei de Israel: “Não considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração”.(1 Samuel 16:7). Ainda assim, tantos anos depois, nós vemos a aparência. Nós julgamos pela aparência. Nós nos envolvemos com pessoas por causa de sua aparência. Nós contratamos um funcionário pela sua aparência. Nós exaltamos alguém por sua aparência. Nós damos “likes” e seguimos pessoas nas redes sociais pela sua aparência. Nós julgamos alguém feliz ou triste, pelo que essa pessoa aparenta. E nós erramos nos nossos julgamentos repetidas vezes.

Lembro-me de uma apresentação de uma mulher no programa Britain’s Got Talent, que aconteceu na Escócia, onde, antes mesmo da mulher abrir a boca, os jurados e todo o público desacreditaram dela por sua aparência desleixada e por sua insegurança no palco. Ela era uma mulher que aparentava ter uma meia idade, acima do peso, com uma roupa cafona, cabelos mal cortados e uma atitude bem tímida. Algumas pessoas riram dela quando ela entrou no palco. Mas a partir do momento que Susan Boyle começou a cantar, todos os presentes no local se maravilharam. Era como se nem uma única pessoa no ambiente pudesse crer em seus ouvidos ao que lhes pregavam seus olhos. O álbum de estreia de Susan, I Dreamed a Dream, foi lançado em 23 de novembro de 2009 e em apenas um mês atingiu o título de álbum mais vendido do ano, com vendas que já superam 10 milhões de cópias ao redor do mundo. 

Theodore Robert Bundy, mais conhecido como Ted Bundy, foi um dos serial killers mais famosos da história. Ele usava de sua aparência, charme e carisma para capturar suas vítimas. Ele era um homem branco, com cabelos pretos, um rosto comum, e uma personalidade carismática. Comumente, Bundy se aproximava de suas vítimas em locais públicos, fingindo lesão ou incapacidade, ou fingindo ser uma figura de autoridade, antes de atacá-las e deixá-las inconscientes. Outras vezes, pedia ajuda para que elas pudessem colocar sacolas em seu carro ou simplesmente tentar seduzir as vítimas com seu charme. Ele foi preso e condenado à morte pelo assassinato de 36 mulheres, sendo estimado que o número possa chegar a 65.

Como mãe de duas crianças, eu sempre tento ensiná-las que o mundo é mal e que as aparências enganam. Nem tudo é o que parece ser. Sendo assim, eu e você, como cristãs, devemos sempre pedir a orientação a Deus antes de julgar qualquer pessoa, e devemos também buscar fazer o bem a todos, sem nos importarmos com o que os nossos olhos podem ver.

O mundo de máscaras e falsidade é bem conhecido por Deus e há muito tempo é revelado em sua Palavra. Que Deus dê discernimento aos nossos corações para vermos não como o homem vê, mas como Deus vê.

Rebeca Balaniuc

Rebeca Balaniuc

Graduanda em Letras/Inglês, esposa e mãe de dois filhos. Ex-Jocumeira, Líder do Ministério de Louvor e do Ministério Infantil, sempre auxiliando seu marido, atualmente pastor da Igreja Presbiteriana Central de Marataízes - ES. Escritora por amor e vocação.

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