Li a respeito de uma pessoa que perdeu o emprego, encheu-se de dívidas, seu casamento se desestruturou e, por fim, bateu o carro. Em meio àqueles dias difíceis, passou a reclamar muito, exigindo de Deus uma solução para aquela situação.
Embora Deus seja rico em misericórdia, ele diz o seguinte: Mas eis para quem olharei: para o aflito e abatido de espírito e que treme diante da minha palavra. Isaías 66:2. Muitas pessoas só lembram de Deus em tempos de crise, e vão até Ele como se fosse o “Gênio da lâmpada”.
Na realidade, a crise muitas vezes serve para levar a pessoa a refletir sobre os motivos que a levaram àquela situação. Talvez, boa parte da crise seja resultado de suas escolhas e decisões sem a participação de Deus. Uma vez que a pessoa toma consciência disso, ela assume uma nova postura, de modo que seu pedido a Deus não seja uma exigência, mas sim uma súplica para que Ele, em sua misericórdia, a ajude a sair da crise. A prioridade deve ser pedir que Ele faça dessa crise uma oportunidade para conhecê-lo melhor. E aí, sim, devem ser apresentadas as necessidades para sair dela.
As crises apresentam as melhores oportunidades para mudanças no relacionamento com Deus e elas não podem ser perdidas. Além disso, é bom lembrar que boa parte dos problemas ou crises que enfrentadas são consequência natural de se viver em um mundo injusto e impiedoso; o que acaba resultando em algumas situações adversas, que geram as crises.
Mas Deus não está indiferente a tudo isso. Ele quer agir em nosso favor, embora muitas vezes nem percebamos. Deus faz isso porque espera que, uma vez superadas as crises, possamos ajudar outros que estejam vivendo na mesma situação, conforme escreveu o apóstolo Paulo: É ele que nos consola em toda a nossa tribulação, para que, pela consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que estiverem em qualquer espécie de tribulação. 2 Coríntios 1:4
Diante disso, qual deve ser a nossa escolha? Vitimizar-se, isolar-se ou ser resiliente, aprendendo novas lições que nos levem a estreitar o nosso relacionamento com Deus? A escolha é pessoal.