A tecnologia facilitou a vida, não há como negar, aproximou pessoas, encurtou distâncias, a pandemia mostrou o quanto precisamos dela. Entretanto, sob alguns aspectos os avanços tecnológicos representam perigos para quem tem pouca familiaridade.
São muitas as formas de utilizar a tecnologia para fins ilícitos, mas uma delas é a internet onde as informações trafegam em velocidade astronômica, e às vezes, dados pessoais são compartilhados ilegalmente. Por isso, todo cuidado é pouco.
Aliado ao compatilhamento ilegal de dados pessoais, os créditos consignados com descontos direto nos benefícios previdenciários têm trazido dor de cabeça e prejuízo para muitos segurados do INSS.
Isso ocorre na maioria das vezes por meio de ligação telefônica, onde a pessoa do outro lado da linha diz: “tem um valor que está disponível para você!”. A conversa é envolvente e o discurso é rápido, não deixando espaço para que a vítima pense, reflita. Assim, os contratos são firmados, sem a necessidade de assinatura, sem que a vítima tenha compreendido que se trata de empréstimo, que um valor mensal será descontado do seu benefício.
As vítimas, na maioria idosos, têm por hábito apenas ir ao caixa eletrônico e sacar o valor disponível, sem conferir o extrato. Desta maneira, se um valor maior está disponível, utilizam e, só nos meses seguintes percebem que passou a ser descontado um valor do benefício. Às vezes o valor é pequeno, elas nem se dão conta.
A forma para evitar esse tipo de situação, ao atender ligações dessa natureza, é informar que não tem interesse e desligar. Se precisar de empréstimo, buscar a instituição bancária de sua confiança e avaliar as taxas com cuidado, desconfiar sempre de propostas extremamente vantajosas, acessar o aplicativo “meu inss” e bloquear seu benefício para empréstimos, pois quando realmente precisar de um, bastará desbloquear.
Se você foi vítima de uma situação como essa, procure um advogado (a) de sua confiança.