Olha o golpe

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A tecnologia facilitou a vida, não há como negar, aproximou pessoas, encurtou distâncias, a pandemia mostrou o quanto precisamos dela. Entretanto, sob alguns aspectos os avanços tecnológicos representam perigos para quem tem pouca familiaridade.

São muitas as formas de utilizar a tecnologia para fins ilícitos, mas uma delas é a internet onde as informações trafegam em velocidade astronômica, e às vezes, dados pessoais são compartilhados ilegalmente. Por isso, todo cuidado é pouco.

Aliado ao compatilhamento ilegal de dados pessoais, os créditos consignados com descontos direto nos benefícios previdenciários têm trazido dor de cabeça e prejuízo para muitos segurados do INSS. 

Isso ocorre na maioria das vezes por meio de ligação telefônica, onde a pessoa do outro lado da linha diz: “tem um valor que está disponível para você!”. A conversa é envolvente e o discurso é rápido, não deixando espaço para que a vítima pense, reflita. Assim, os contratos são firmados, sem a necessidade de assinatura, sem que a vítima tenha compreendido que se trata de empréstimo, que um valor mensal será descontado do seu benefício. 

As vítimas, na maioria idosos, têm por hábito apenas ir ao caixa eletrônico e sacar o valor disponível, sem conferir o extrato. Desta maneira, se um valor maior está disponível, utilizam e, só nos meses seguintes percebem que passou a ser descontado um valor do benefício. Às vezes o valor é pequeno, elas nem se dão conta.

A forma para evitar esse tipo de situação, ao atender ligações dessa natureza, é informar que não tem interesse e desligar. Se precisar de empréstimo, buscar a instituição bancária de sua confiança e avaliar as taxas com cuidado, desconfiar sempre de propostas extremamente vantajosas, acessar o aplicativo “meu inss” e bloquear seu benefício para empréstimos, pois quando realmente precisar de um, bastará desbloquear.

Se você foi vítima de uma situação como essa, procure um advogado (a) de sua confiança.

Maria Rachel Da Silva de Melo

Maria Rachel Da Silva de Melo

Mãe, esposa, advogada, pós graduada em direito previdenciário e educação, atuante também nas áreas trabalhista e direito de família, parceira no escritório Rita Pagani Advocacia e membro da IES Church desde 1995.

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