Violência sexual contra as mulheres

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Dentre os cinco tipos de violência contra mulheres, quero destacar hoje, a violência sexual praticada no âmbito doméstico familiar.

Muitos homens acham-se no direito de usar e abusar do corpo da mulher pelo fato dela ser sua esposa; achando que isso dá-lhes o direito de usufruir da maneira que quiserem e a hora que quiserem para a satisfação dos seus desejos. Muitos chegam a obrigar a mulher quando ela está indisposta e diz não. 

Forçar sexo quando a mulher não quer é violência. Mais que isso, é estupro! 

Você já ouviu falar em estupro marital? Esse crime existe quando o marido empreende violência sexual contra sua própria esposa, tornando-a vítima de estupro. Muitas nem sabem que estão sendo vítimas de estupro. Outras até sabem, mas têm vergonha de pedir ajuda por tratar-se de seus maridos e acabam convivendo com essa situação por muitos anos. 

O ato de manter relação sexual com o cônjuge sem o seu consentimento é uma violação conjugal ou estupro marital, que é considerada uma forma de violência doméstica e abuso sexual. A falta de consentimento é o elemento essencial e não é necessária a violência física para sua caracterização.

A falta de conhecimento pela sociedade do crime de estupro marital é preocupante, assim como as mentes machistas que não evoluíram com o tempo também o é, por isso é necessária a conscientização, principalmente dos homens, que ainda acham-se no direito de querer obrigar suas esposas ou companheiras a praticarem sexo ou atos libidinosos a hora que bem entenderem.

Forçar relações sexuais quando a mulher não quer ou quando estiver dormindo ou mesmo sem condições de consentir, obrigar a mulher a olhar imagens pornográficas, impedir a mulher de prevenir a gravidez ou mesmo força-la a engravidar, ou ainda forçar o aborto, são casos graves de violência sexual e são considerados crimes contra a mulher segundo a Lei Maria da Penha.

Muitas mulheres não se dão conta de que estão sendo vítimas de abuso sexual e, na maioria das vezes esse abuso também vem acompanhado do abuso psicológico, de forma que a mulher acaba ficando fragilizada e não tem coragem para romper com esses abusos cometidos pelos próprios companheiros.

Essa é uma realidade muito presente nas relações conjugais, uma violência silenciosa. É preciso dar um basta! Busque ajuda!

Vania Pinheiro Rodrigues

Vania Pinheiro Rodrigues

Advogada, especialista em Direito de família e Cristã. Responsável jurídica da rede de apoio e acolhimento de mulheres vítimas da violência doméstica do Projeto de mãos dadas promovendo paz, da Igreja Assembleia de Deus na cidade de Criciúma/SC

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