Eu me importo

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A cada dia que passa, ficamos mais e mais reclusos em nosso próprio mundo, fazendo as nossas coisas, vivendo a nossa vida. O mundo de hoje é cada dia mais independente e antissocial. Somos mais antipáticos, menos pacientes, mais frios, menos compassivos, mais fúteis, menos humanos. Confessa: é muito mais fácil lidar com uma máquina, do que com pessoas. É muito mais fácil conversar pelo celular (e ainda mais se for por mensagem! Quem costuma ligar hoje em dia?), do que cara a cara. É muito melhor adotar um pet, do que ter filhos. Certo? A nossa geração dispensa uma boa conversa. A nossa geração dispensa conselhos e ombros amigos.

Nesse universo separatista, ímpar, e autônomo, não enxergamos mais o outro. E, também, o outro também não nos enxerga. Aliás, enxergamos, sim – seus defeitos, suas cafonices, seus “barracos”. E servimos apenas para apontar o dedo, ainda que mentalmente. Servimos para condenar o outro e continuar lutando pelos nossos próprios ideais. E isso ainda é menos mal, quando você luta por sua casa, sua família. Mas o outro, aquele que Jesus chamou de próximo também é importante.

Existem pessoas que já estão tão machucadas com outras pessoas, que se fecham dentro de si e vivem encarcerados na sua própria solidão.

Não existem mais os cafés da tarde com a vizinha. Raramente vemos mulheres que oram e que aconselham outras; e, se vemos mulheres aconselhando outras, geralmente são conselhos egoístas, “empoderados”, que terminam por continuar enjaulando a pessoa mais e mais nas suas próprias mágoas e desilusões, o que leva a um ciclo eterno.

Na Palavra de Deus, no livro de João, capítulo 15, verso 12, o próprio Senhor Jesus nos diz: “O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei.”. Mas, infelizmente, nós só amamos a nós mesmos. No máximo, conseguimos amar pai, mãe e quem mora debaixo do nosso teto.

Deixa eu te fazer algumas perguntas: Mulher cristã que me lê, qual foi a última vez que você ligou para alguém para orar por ela? Qual foi a última vez que você se sentou para ouvir os problemas alheios, chorar com os que choram, aconselhar conforme a bíblia nos orienta? Qual foi a última vez que você preparou um café da tarde com direito a bolo para aquela amiga que está enfrentando uma situação difícil? Qual foi a última vez que você doou do seu próprio tempo, do seu ombro, do seu ouvido, do seu esforço, para que outra pessoa pudesse se sentir melhor?

Estamos lidando com uma sociedade consumista, individualista, apática; no meio disso tudo, pessoas lutam contra depressão, ansiedade, síndrome do pânico, famílias destruídas, alcoolismo, desesperos inúmeros, e, ainda assim, somos indiferentes, insensíveis, julgadores.

É como se pegássemos amigos doentes, os enterrássemos e fingíssemos que eles nunca existiram só para não ter que lidar com eles. Insensibilidade. Cegueira.

A dor do outro pode ser curada com pitadas de uma boa amizade. Um ouvido, um conselho, ou simplesmente o apoio e a certeza de que você está ali, ao lado.

Não espere que façam por você, para então você retribuir. Comece você a ser uma boa amiga, a amar verdadeiramente o seu próximo assim como Cristo nos amou. O mundo precisa de pessoas que sejam bálsamo na ferida pulsante. Satanás deseja roubar, matar e destruir. Com a vida de Cristo em nós, podemos nos importar e trazer luz, vida, esperança e amizade para uma vida devastada.

Eu me importo. Na verdade, eu decido por me importar. E você?

Rebeca Balaniuc

Rebeca Balaniuc

Graduanda em Letras/Inglês, esposa e mãe de dois filhos. Ex-Jocumeira, Líder do Ministério de Louvor e do Ministério Infantil, sempre auxiliando seu marido, atualmente pastor da Igreja Presbiteriana Central de Marataízes - ES. Escritora por amor e vocação.

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