Passados Presentes (p.1)

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Todas nós passamos por fases diversas. Na infância, na pré-adolescência, na adolescência, na juventude, na fase adulta, e na velhice. Se dermos “sorte”, essas fases nos trarão amadurecimento, e em cada época seremos melhores do que fomos na anterior. Ainda assim, muitas pessoas continuam com a mesma imagem fixa na mente de que ainda são como há 10 anos, ou há 20, 30 anos atrás, sendo que isso é absolutamente impossível. A verdade é que evoluímos crescente ou decrescentemente.

Um bom exemplo, é quando nos deparamos com mulheres adultas se vestindo como se fossem ainda uma adolescente. Essa raiz é muito mais profunda do que somente uma vontade de se parecer mais jovem. Mais tristes ainda, são os casos em que as mães querem ser mais jovens do que as próprias filhas e fazem disso um jogo, uma competição. Claramente, deixar o passado onde ele pertence não é muito fácil para muitas pessoas.

Ok. Pode ser que você não esteja se identificando, mas me deixa simplificar um pouco. Pode ser que você não use as mesmas roupas da adolescência. Pode ser que você não fale mais com tantas gírias. Pode ser que você não viva da mesma maneira que vivia há 15 ou há 20 anos. Mas, será que você, interiormente, não se sente como se sentia há 15, 20 anos? Será que o diziam sobre você, será que a maneira como você se enxergava, não continua tão presente quanto na época vivida de fato?

É altamente prejudicial, e totalmente atual nos nossos dias de hoje, mulheres mais velhas que ainda acham que chamam a atenção de garotos, que realmente acreditam nisso, e que gostam dessa atenção que recebem, ou buscam receber. Esse é o caso das mulheres que se vestem como se não tivessem amadurecido. Chega a ser parecido com uma crise de identidade, mas a verdade é que tal pessoa não conseguiu seguir em frente por algum motivo e continua presa no passado. E, não se engane, essa mulher pode muito bem estar casada e ter filhos (quem sabe até netos!).

Em outros casos, pode ser que você tenha sido tão inferiorizada na adolescência ou na infância, que ainda carrega esse sentimento de não se adequar, de não ser boa o suficiente para nada. Então, sua mente é regada de vitimismo, infantilidade e dependências emocionais. Você simplesmente não se enxerga como a mulher que é. O tempo passou apenas exteriormente.

No livro de provérbios, lemos, no capítulo 23, verso 7: “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é”. Os pensamentos realmente têm forte poder sobre a nossa vida, e como nos enxergamos é exatamente a imagem que passamos para os outros ao nosso redor. No meio disso tudo, dessa complexidade mental e emocional, nos esquecemos o que a Bíblia diz a respeito de nós e de como devemos nos portar ou viver. Por exemplo, o apóstolo Paulo diz que quando ele era menino, ele fazia as coisas de menino e falava como um menino, mas assim que se tornou adulto, deixou as coisas de menino para trás. (1 Coríntios 13:11). Por que é tão difícil para nós agirmos dessa forma?

Não querer crescer e amadurecer, não querer assumir responsabilidades, é um erro e provêm, muitas vezes, de um medo de simplesmente dar o próximo passo e abandonar o passado.

Veja, nós não nos apegamos apenas a coisas boas, mas também a coisas ruins, e as seguramos com tanta força que parece não existir mais nada além disso.

Comprometa-se hoje com o seu presente e com o seu futuro. O passado já não existe. Nada lá pode ser consertado, mudado, remexido. Porém, não é porque ele está lá que ele dita as regras do nosso presente e futuro. Você não é o que te aconteceu. Você não é o que falaram de você. Você não é definida pelos seus pecados. Você não é imutável – apenas nosso Senhor é assim. Você pode e deve evoluir crescendo em Cristo, crescendo nas suas responsabilidades, crescendo em compromissos, crescendo em conhecimento, crescendo em maturidade. Deus tem muito mais para a sua vida. Dê o próximo passo. O passado já não existe mais. GRAÇAS A DEUS!

Rebeca Balaniuc

Rebeca Balaniuc

Graduanda em Letras/Inglês, esposa e mãe de dois filhos. Ex-Jocumeira, Líder do Ministério de Louvor e do Ministério Infantil, sempre auxiliando seu marido, atualmente pastor da Igreja Presbiteriana Central de Marataízes - ES. Escritora por amor e vocação.

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