A fé das mártires na igreja primitiva 2

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Blandina foi uma jovem de muita fé. Ela vivia em Lyon onde, em 177 ocorreu uma grande perseguição sob o imperador Marco Aurélio. Foi uma das páginas mais sublimes e mais tristes da história do cristianismo antigo. 

Uma festa aconteceria e a população estava eufórica com a expectativa dos jogos e diversões. Enquanto isso, alguns cristãos estavam sendo denunciados, maltratados e processados sob muitas acusações: desde canibalismo até promiscuidade. E eles fariam parte do espetáculo.

A acusação de canibalismo procedia das notícias de ouvirem falar que comiam o corpo e bebiam o sangue de Cristo em sua ceia; e como se saudavam com o ósculo santo (beijo do amor e da paz) também criam que havia promiscuidade entre eles.

Foram presos, entre outros, Santos, de Viena, o diácono Maturo, recém-batizados, Atalo de Pérgamo e Blandina. uma jovem escrava. Sua senhora temia por sua frágil saúde e rogava a Deus que ela não renegasse sua fé. Ela, que também estava presa, temia pelo corpo e espírito da jovem por ser muito frágil. Contudo, quando interrogada, Blandina só confirmou que era cristã e que seus irmãos na fé não cometiam qualquer erro.

A moça estava cheia de força e extenuava seus carrascos que em turnos a espancavam. Eles não entendiam como ela poderia manter-se firme com seu corpo todo dilacerado. Seu Deus pelejava por ela e, como Cristo, não abriu a sua boca.

Por isso, foi levada com os outros prisioneiros cristãos para um local público, onde serviriam de espetáculo aos pagãos insensíveis. Alguns eram chicoteados, outros colocados em cadeiras de ferro para serem assados, até que eram finalmente executados.

Porém Cristo foi grande glorificado por ela e por todos que haviam negado a fé e agora a confessavam, juntando-se à fila dos mártires.

Sem que recebessem qualquer denúncia de sua boca, Blandina foi pendurada no madeiro e ficou expostas às feras. Contudo, sua visão animava seus companheiros de martírio. Ela, mesmo sofrendo muito, foi forte e foi a última a morrer. Como convidada à um banquete de bodas resistia depois de açoites, feras e chamas. Finalmente, atacada por um touro, entregou sua alma a Deus.

Querida mulher, reflita nisso:

Aquele que ama a sua vida, a perderá; entretanto, aquele que odeia sua vida neste mundo, a preservará para a vida eterna”. João 12.25.

Rute Salviano

Rute Salviano

Licenciada em Estudos Sociais, bacharel e mestre em Teologia e Pós-graduada em História do Cristianismo. É pesquisadora e já escreveu 7 livros sobre a História das Mulheres no Cristianismo desde a Igreja Primitiva até o início do protestantismo brasileiro, além de devocionais com essas histórias de mulheres inspiradoras: Heroínas da Fé.

This Post Has One Comment

  1. Avatar

    Que história forte para um mulher tão frágil!
    Achei interessante o 2⁰ parágrafo.
    Não havia pensado (por esse prisma) o canibalismo na ceia. Mente “fértil” desses judeus.
    Muito interessante a matéria!
    Parabéns!

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