Desde o nosso nascimento até chegarmos a maturidade, aprendemos a enxergar o mundo de certas formas. Aprendemos o nome e os formatos das letras, juntamos sílabas e formamos palavras, até que: Boom! Estamos nos comunicando (bem ou mal, estamos nos comunicando). Pensamentos antes simples, vão se tornando mais complexos e vamos adquirindo maneiras mais completas de enxergar as coisas. Se nossas principais referências eram nossos cuidadores principais, com o tempo, novas pessoas chegam e se tornam também modelo para nós.
Cada experiência, cada detalhe, estavam moldando sua mente e você nem percebeu! Cada etapa que você concluiu, cada pessoa que atravessou a sua existência, cada lugar, vivência e situação, por mais insignificantes que parecessem ser, criaram dentro de você padrões na sua forma de enxergar as coisas e a sua mente viciou no seu padrão!
Não, não tem pra onde fugir, todos tem um filtro. Qual é o seu?
Se a nossa mente rege nossos sentimentos e comportamentos, o que você tem enxergado? Talvez a sua alegria tenha um olhar triste, ou sua tristeza um “quê” nostálgico, ou a indignação é o sentimento mais presente em você, talvez seu mundo seja recheado de desarranjos e nunca nada dá certo, ou talvez você nem goste de pensar nisso, ou até esteja tudo sempre de boa, indo.
A vida vai se mostrando assim, diferente para cada um porque cada um é diferente. O arranjo que você é, mais ninguém consegue ser. E a complexidade com que você enxerga é de você!
E então, rearranjos serão necessários. Certos padrões em suas percepções passam a trazer mais malefícios do que benefícios, algumas experiências de forte carga emocional se atualizarão em novas experiências de forma negativa, pessoas que não tinham “nada a ver” sofrerão por efeito do que outros fizeram com você… E só talvez, você nunca repare nisso, pois estamos sendo programados a não olhar para nós!
E ainda há quem pense que psicoterapia é besteira.